1º Semestre de 2016: Crédito automóvel sobe e cartões de crédito descem

Novo automóvel Maserati Quattroporte 2016 Segundo dados do Banco de Portugal, o fluxo de novo crédito ao consumo no 1º semestre de 2016 situa-se actualmente em níveis semelhantes aos observados em 2010. Este aumento foi impulsionado sobretudo pelo segmento do crédito automóvel. Este crescimento do crédito aparece associado a um aumento significativo da compra de automóveis que reflecte, em parte, uma renovação do parque automóvel que tinha sido adiada durante os anos anteriores da crise.

Os principais financiadores deste novo aumento do crédito ao consumo foi atribuído pelas Instituições Financeiras mais pequenas, ou seja todos os outros que não incluem os 8 maiores (G8) bancos a operar em Portugal. O peso do crédito concedido pelo G8 diminuiu ligeiramente neste período, mantendo-se próximo dos 50%.

Taxa de variação novos empréstimos ao consumo por tipo de crédito em Portugal

A Taxa de variação em cadeia dos novos empréstimos ao consumo (fluxos) segundo o relatório do Banco de Portugal de 11-2016 (pdf), por tipo de crédito no 1º trimestre de 2016 foi:

  • Pessoal (+5.8%);
  • Automóvel (+4.7%);
  • Cartões de Crédito (-4.3%);
  • Outros créditos (+9.4%).

E para o 2º trimestre (Maio a Junho):

  • Pessoal (+2.6%);
  • Automóvel (+4.4%);
  • Cartões de Crédito (-2.4%);
  • Outros créditos (+14.4%).

Esta evolução do crédito ao consumo, em particular do crédito automóvel, deverá estar associada sobretudo a factores temporários, dirigindo-se essencialmente a pessoas menos endividadas. A nível agregado, a desaceleração do consumo privado e, em especial do consumo de bens duradouros, deverá reflectir-se num abrandamento do crédito ao consumo. No entanto, os dados já conhecidos relativos ao 3º trimestre de 2016 indicam que este tipo de empréstimos continua a aumentar ainda que de uma forma mais moderada.

O peso do crédito para consumo e outros fins na dívida total das famílias continua relativamente reduzido, menos de 20% da dívida do sector e representando cerca de 11% do crédito total concedido pelo sector financeiro residente ao sector privado não financeiro.

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